segunda-feira, 16 de maio de 2011

RESENHA: Chama Negra

Nanda Siepierski

Nem vampiros e nem anjos. Alyson Noel decidiu escrever uma história diferente sobre imortais, ao optar por uma abordagem mais espiritista, com direito a fantasmas, vidas passadas, carmas, chakras e comportamentos mediúnicos. Esses termos e os conceitos utilizados no livro que rodeiam a imortalidade dos personagens, são mais conhecidos por mim e deixam a história um pouco mais próxima da realidade (não que eu acredite que existam imortais, mas muita coisa no livro é mais real do que em livros de outros autores).

E é nesse ambiente de espiritismo e de crenças diversas que participamos da vida de Ever, uma adolescente que perdeu a família (pais, irmã e cachorro) em um acidente no qual ela foi a única sobrevivente e vive com a tia. No livro Chama Negra, o quarto livro da série Os Imortais da autora Alyson Noel, exploramos a confusão de elementos da vida de Ever. A impossibilidade de tocar o namorado, a ex-melhor amiga transformada em imortal, o chefe lindo que tem uma ligação com suas vidas passadas, a volta de Ava, a permanência das gêmeas Romy e Rayne no mundo terreno e uma atração incontrolável por Roman, fruto de uma falha na realização de um feitiço. Ever tenta reverter os problemas de sua vida. No entanto, ao mesmo tempo em que esses elementos trazem reviravoltas interessantes e até esperanças para a vida da garota, também geram muito sofrimento e frustração, uma vez que Ever percebe que não pode controlar tudo nem todos.

E por mais que os elementos citados acima façam do livro algo um pouco mais interessante que o volume anterior – Terra das Sombras -, a série perdeu um pouco da empolgação dos primeiros livros. Chama Negra nos deixa com a impressão de que a história ficará na mesmice, ao repetir um ciclo no qual pessoas vingativas que perderam seu amor querem descontar a sua frustração na felicidade de Ever e Damen. Além disso, ao mesmo tempo em que deparamos com uma Ever egoísta e mudada, com possibilidade de ser atraída por outras pessoas além de Damen (algo que seria promissor), percebemos o esforço da personagem para que tudo dê certo com sua história de amor, o que também não é muito emocionante.

Acredito que, por mais que a autora escreva bem, o livro parece travado o tempo todo, com poucas surpresas e muitos clichês. Isso deixou a leitura um pouco mais cansativa. Como ainda não sei como termina a série, não posso dar uma opinião completa sobre o futuro desenrolar da história. Só espero que a emoção e novidades do primeiro e segundo livro reapareçam e esquentem a série Os Imortais novamente…

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