segunda-feira, 14 de março de 2016

MANGÁ: Black Bird


SINOPSE: O mangá conta a historia de Misao Harada, uma garota que desde criança consegue ver seres sobrenaturais que apenas ela via. Esses seres se divertem atormentando-a: puxam seu cabelo, a fazem tropeçar e se penduram nela (dificultando sua locomoção), fazendo com que ela pareça alienada e desastrada. Por ser a única que os via, Misao se sentia muito solitária até conhecer o filho de seu vizinho que também podia vê-los e a defendia deles. Um dia ele teve de partir, deixando a promessa que um dia retornaria para buscá-la. Ele foi seu primeiro amor e, apesar de Misao não conseguir se lembrar de seu nome ou rosto, ainda guardava essas lembranças com carinho e desejava revê-lo. Com o tempo, a jovem aprende a ignorar essas criaturas para tentar levar uma vida normal.

A história gira em torno de uma “lenda” entre os Youkais: A cada 100 anos, nasce um humano com o “poder” de potencializar o poder de qualquer Youkai, conhecido como Senka Maiden (O Fruto Sagrado) ou como O Fruto da Imortalidade. O Youkai que beber seu sangue prolongará sua vida, o que comer sua carne terá a imortalidade, e o que a tomar como esposa trará prosperidade a todo seu Clã. Ao completar 16 anos, Misao descobre ser a Senka da vez, e agora que suas “habilidades” despertaram, Youkais de todo o Japão viram atrás dela! Para sua sorte, Kyo Usui, seu amigo da infância, finalmente retorna e volta a protegê-la. Para aumentar o desespero da garota, Kyo se revela como um Youkai, que, ainda por cima, a quer como esposa.
Black Bird é uma comédia romântica contendo uma certa quantia de drama e violência (lutas, mortes, mutilação, tentativa de estupro...) , com cenas sensuais e um pouco picantes. 



Eu gosto muito de shoujo e Black Bird me ganhou por não se fixar apenas no romance, embora ele seja a peça principal do mangá, mas por ter mistério, disputas e tratar de questões familiares. Kyo e Misao formam um casal bem engraçado. Ele é pervertido, determinado e ciumento e ela doce, ingênua e romântica. O jeito que Kyo se aproxima de Misao é totalmente grosseiro e nos primeiros capítulos pode até te fazer não gostar dele (eu impliquei bastante), mas pode apostar que isso muda rapidinho. 

A Misao é filha única e sua mãe é bem relaxada no que se refere aos relacionamentos da filha, o que não acontece com o pai dela, que é bem coruja e só fala na filha. Já o Kyo tem uma complicada relação familiar, pois teve que se opor ao irmão por conta da Misao e tem um certa birra com o pai.



A ligação do Kyo e os oito tengus era muito legal de se acompanhar. Curtia as brigas, o companheirismo, a preocupação e a lealdade. Claro que os trigêmeos (Tarou, Jirou e Saburou)  tinham um lugar especial no meu coração, porque eu me divertia muito com eles. É inegável a preocupação e a força do Sagami, a gentileza do Houki, o jeito engraçado do Senki (que vivia discutindo com o Kyo) e o quanto mulherengo o Buzen é.



O desenvolvimento da história foi bem tranquilo e sem pressa. A autora explicou cada decisão e embasou cada ação dos personagens, embora tivessem momentos em que o mangá se resumia ao relacionamento sexual dos protagonistas e isso chateou um pouco, pois parecia (e provavelmente era a intenção) que a mangaká estava estendendo o mangá de forma desnecessária.



A saga que envolve o Shou foi a minha preferida por mostrar tanto ação quanto os sentimentos controversos dos personagens. O Kyo, apesar de se opor ao irmão, sofre bastante por ter de enfrentá-lo. É bem interessante perceber a mistura de sentimentos dele e como a Misao tem papel importante para os irmãos. Muito do passado de ambos é revelado e entendemos melhor os acontecimentos.


O traço é lindo. Pouco tenho a criticar, como a proporção de algumas partes do corpo (mãos e pés), mas o visual no geral, era ótimo de se ver. As capas são belíssimas e passam um pouco do conteúdo do mangá (sensualidade, um pouco de violência, drama...)

Eu adorei Black Bird, mesmo com os pontos negativos e ficava ansiosa por cada volume. Coloquei a Sakurakoji na lista de "tenho de ler qualquer mangá que ela fizer" e já estou de olho na sua mais recente serialização: Last Note.

Sobre o mangá:
Black Bird
Volumes: 18 (finalizado no Japão e no Brasil)
Mangaká: Kanoko Sakurakoji
Editora: Panini
Formato:

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